chegou as férias
escolares da criançada! Para quem é pai e mãe, é uma delícia ter os pequenos em
casa, usufruindo de descanso e diversão. Porém, o mês que carrega as
comemorações natalinas e de passagem de ano precisa ser alvo de atenção por
parte dos genitores, pois há maior liberdade de comportamento, seguida por uma
liberdade maior de consumo de alimentos dos mais variados tipos.
Conforme o Dr.
Alexander Gomes de Azevedo, especialista em Nutrologia e diretor técnico
internacional na Academia Latino-Americana de Nutrologia (ALAN), com o período
de final de ano e férias, as crianças aumentam o consumo de alimentos ricos em
açúcar, sal, gorduras saturadas e farinha refinada.
Bolos doces, salgadinhos e refrigerantes: controle acima de tudo
“Neste grupo
estão panetones, bolos, doces, salgadinhos e refrigerantes. Muitas vezes as
crianças trocam almoço ou jantar por lanches. Além disso as crianças dormem
mais e praticam menos atividades físicas, que geralmente fazem na escola de
duas a três vezes por semana e ficam mais tempo no computador e nos games
virtuais”, afirmou o médico.
Entre os
alimentos que precisam ser controlados pelos pais neste período são os
industrializados, ricos em açúcar, e com gordura saturada, de acordo com o
especialista. “Bolachas recheadas, biscoitos, pão branco, achocolatados comuns,
bolos, doces, chocolates ao leite, sorvetes, panetones, refrigerantes, macarrão
instantâneo, frituras, batata frita, entre outros”, frisou o nutrólogo.
Ele ainda
explicou o porquê. “Esse alimentos são ricos em calorias e praticamente destituídos
de nutrientes (vitaminas, minerais, fibras, aminoácidos, proteínas e gorduras
de boa qualidade, como é o caso do ômega-3). Isso favorece o ganho de peso,
além de deixar o organismo da criança com deficiência de um ou mais nutrientes,
que é conhecido como ‘fome oculta’, que a longo prazo favorece também o
aparecimento de doenças”, salientou o médico. Dentre os problemas mais graves
que podem surgir, Azevedo destacou a obesidade infantil como o que mais atinge
os pequenos por meio do consumo exacerbado de alimentos.
O segredo é moderar, não excluir
O Dr. Alexander
enfatizou, porém, que todos os grupos alimentares devem estar presentes na
alimentação das crianças. “Os pais devem oferecer aos seus filhos todos os
grupos de alimentos nas principais refeições: proteínas (carnes, peixes, ovos,
leite e derivados, feijão, soja, etc.), carboidratos complexos ou de baixo
ìndice glicêmico (frutas, verduras, legumes, cereais integrais, pão, macarrão e
arroz, todos intregrais, gorduras boas (peixes, azeite de oliva extra-virgem,
óleo de linhaça). Como estamos no período mais quente do ano, os pais devem
aumentar a oferta de água, sucos naturais e frutas para evitar desidratação”,
disse.
E, na verdade,
não é só o período de férias que exige mais atenção à comilança da criançada.
As orientações, conforme o médico, precisam ser seguidas durante todo o ano,
fazendo com que o pequeno adquira novos (e saudáveis) hábitos alimentares, que
são importantíssimos para o seu desenvolvimento físico e mental.
“O prato da
criança deve ser colorido e ‘divertido’. Claro que as guloseimas podem estar
presentes, mas em quantidade limitada, pois picolés, sorvetes, sanduíches,
refrigerantes, doces e bolos, fazem parte deste período tão gostoso das nossas
vidas”, confirmou Gomes Azevedo.
E alternativas
de cuidado com as crianças são viáveis para reforçar ainda mais os laços de
afetividade com os seus filhos, afirmou Alexander. “Não devemos esquecer do
incentivo à prática de atividades físicas e recreativas, que é importante para
toda família, pois os pais terão a oportunidade de interagir mais com os seus
filhos. Frases que deve ser lembradas: ‘a saúde do seu filho depende
principalmente de você’; quem ama, cuida; ‘não basta ser pai, tem que
participar’”, finalizou o especialista em Nutrologia.
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